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Exercício para todos

PEDRO PEREIRA

Feedback

O feedback no treino pode assumir várias funções, dependendo do momento, do nível de aprendizagem, do tempo de empenhamento motor,etc. Não devemos utilizar constantemente o mesmo feedback, no entanto cada feedback deve ser utilizado no momento certo.

Não existe um feedback que está certo ou que está errado, mas sabe-se que para diferentes atletas exigem diferentes feedbacks, por isso o feedback poderá não depender do tipo de treino mas sim do atleta com que está à nossa frente.
Para determinado individuo o feedback positivo estimula e provoca melhor rendimento, para outro individuo torna-se maçador, por isso, o melhor mesmo é saber e conhecer a pessoa que está a nossa frente, para saber que feedback utilizar.

 

Bons treinos,

Pedro Pereira

Mil e um exercícios

Talvez devido à grande circulação de informação/conteúdo sobre o treino que actualmente existe, deparo-me com treinos de mil e um exercícios e eu questiono: Será que os atletas tem o máximo de rendimento com 10 exercícios por treino num espaço de 60 minutos? Será que não seria mais eficaz realizar 2/3 exercícios por treino?

Uma quantidade elevada de exercícios por treino leva a que os atletas estejam constantemente a raciocinar para interiorizar a dinâmica do exercício, e quando finalmente já está consolidada a dinâmica e começa o exercício efectivamente a ser feito com sucesso, o treinador muda de exercício.

Estas constantes adaptações leva a que o tempo de empenhamento motor seja reduzido e que psicologicamente provoque desanimo e desmotivação.

Desta forma, quer seja nos JDC ou noutra actividade física devemos realizar treinos com poucos exercícios, mas os exercícios que escolhermos devem ser o mais eficazes e abrangentes possíveis, aqueles provocam o máximo de impacto.

Por exemplo: No futebol, em vez de realizar exercícios de passe frente a frente, realizar exercício de finalização que envolva passe, desmarcação, cruzamento e finalização.

No ginásio procura aqueles exercícios mais abrangentes, como por exemplo, agachamentos, peso morto, elevações, flexões, burpees.

 

Faz algo que gostes e multiplica a tua taxa de sucesso!

Bons treinos,

Pedro Pereira.

A Competição Constitui um Estimulo Fundamental no Processo de Formação Desportiva

Como poderemos fazer os nossos atletas atingir o seu melhor rendimento?

O treino de competição é capaz de provocar o máximo de rendimento dos nossos atletas, desta forma esta metodologia provoca emoções ao atleta, como a vontade de vencer que o faz superar constantemente. Qualquer exercício, por mais banal que pareça ser, dá para incutir competição. Nestes exercícios verifica-se sempre uma elevada intensidade proporcional à vontade de vencer.

No entanto, este tipo de treino deve ter os seus cuidados, pois devemos incutir aos atletas que façam o melhor possível para vencer, em vez de, ser o melhor. Fazer o melhor possível e ser o melhor, são coisas completamente diferentes.

Concentra-te no esforço que o atleta fez para fazer o melhor possível e não no resultado, não te concentres no facto de ganhar ou perder.

A competição pode provocar  situações menos agradáveis se não for um processo controlado. A forma como os treinadores e o restante quadro de envolvimento do processo de formação desportiva preparam e provocam a reflexão e tratamento desta incontornável consequência da actividade competitiva (vitória e derrota) é que são responsáveis pelo ambiente mais ou menos dramático que se encaram as vitórias e as derrotas.A competição tem de ser um elemento controlado para poder intervir como catalisador da preparação dos jovens

Em todos os meus treinos há pelo menos 2 exercícios de competição, momentos em que os jogadores dão o melhor de si.

 

Fazer o melhor possível é o que realmente importa!

 

Bons treinos,

Pedro Pereira

Revisão de Literatura

Com a presente revisão de literatura pretendo encontrar e abordar algumas estratégias de ensino, mais orientadas para a psicologia, de forma a criar um Clima ótimo para a prática de exercício físico, assim sendo este documento tornar-se-á um guião para profissionais de Educação Física que orientam grupos de crianças e jovens na prática de exercício físico.

Revisão de Literatura

Antes de falar das estratégias a adotar pelos profissionais de Educação Física é fundamental abordar as diferentes fases de desenvolvimento que os jovens atletas vão passando. Se não tivermos conhecimentos das distintas fases de desenvolvimento que credibilidade temos no nosso trabalho? Como saberemos se determinado comportamento é apropriado para a idade do atleta?

Desenvolvimento Social

Dos 1 aos 2 anos:

Dependendo do tipo de experiências que teve anteriormente a criança apresentará uma reação amável ou hostil ao aproximar-se de outras pessoas. Há um egocentrismo da parte da criança e é nesta fase que aprende que existem regras preferindo muitas vezes brincar sozinha do que com as restantes crianças. É facilmente notório o ciúme por outras crianças.

Dos 3 aos 6 anos:

Começa a desenvolver aspetos básicos de personalidade e independência preparando a criança para os próximos estádios da infância e dos primeiros anos escolar; importante para o desenvolvimento da capacidade simbólica.

Aos 4 anos a criança mostra-se ativa, tendo noção do que pode ou não pode fazer. O animismo e o realismo nominal fazem parte do processo de sociabilização deixando a criança de ser tão egocêntrica e percebe que as suas ações podem afetar as pessoas que estão ao seu redor.

Aos 5 anos as regras já são aceites e percebem a importância de seguirem padrões socialmente aceitáveis devido a compreensão do que é certo e errado. Desenvolve a racionalização em situações problemáticas e escolhe um melhor amigo com quem analisará questões de padrões de comportamento ensinados por familiares e pela sociedade. Iniciam-se as reações sociais aprendendo a reagir diante do que gosta ou não.

Aos 6 anos, existe uma explosão linguística com cerca de mil palavras que fala e outras de duas a três mil que entende, favorecendo o desenvolvimento social servindo de instrumento para o avanço de relações sociais.

 

Dos 6 aos 12 anos:

Há um aumento na importância dos amigos, é talvez um dos fatores mais marcantes socialmente desde a segunda infância para a terceira infância. Há uma maior centralização num grupo de companheiros sendo interpretado também como uma superação do egocentrismo, atingindo uma maturidade cognitiva no que toca a reversibilidade, conseguindo compreender a perspetiva e o pensamento do outro desvinculando-se do seu próprio pensar. O amigo torna-se além do companheiro de brincadeiras, uma pessoa especial, com quem partilha segredos, sentimentos e criticas. As amizades tornam-se estáveis e duradouras neste período. As amizades entre meninas são geralmente mais intimas e intensas enquanto os meninos possuem um maior numero de amigos mas relações menos afetuosas. O tipo de padrão usado nesta fase da infância reflete o comportamento na relação com os amigos ao longo da vida. Há um salto nas relações de amizade que passam das brincadeiras e jogos para uma confiança reciproca.

 

Desenvolvimento Cognitivo

 

Piaget (1967) considera 4 estádios de desenvolvimento cognitivo no decorrer das diversas faixas etárias:

Estádio Sensório-Motor (0-2 anos)

Estádio Pré-Operatório (2-7 anos)

Estádio das Operações Concretas (7-11/12 anos)

Estádio das Operações Formais (12-16 anos)

 

Estádio Sensório-Motor (0-2 anos)

 

⎯ inteligência prática, baseada nas sensações e nos movimentos (o mundo que existe para o bebé é apenas aquele que ele vê, ouve ou sente e sobre o qual age);

⎯ antes dos 8 meses: é como se o mundo não fosse constituído por objectos, mas sim por uma sucessão de imagens, sem ligação entre si, em que as coisas deixam de existir quando deixam de ser percepcionadas;

⎯ a partir dos 8 meses: adquire a noção de permanência do objecto (existem objectos independentemente de os estar a percepcionar);

⎯ progressivamente, vai sendo capaz de agir intencionalmente, de modo cada vez mais coordenado, para obter o fim pretendido (ex.: obter um objecto), utilizando, para tal, não só a acção do próprio corpo, como fazia anteriormente, mas também outros objectos;

⎯ no final deste estádio: surge a capacidade de representação mental e de simbolização (representação mentalmente não só a permanência do objecto, mas também as relações que se estabelecem entre os objectos); a inteligência centrada na acção dá lugar ao pensamento (representação mental) – o pensamento é acção interiorizada.

 

Estádio Pré-Operatório (2-7 anos)

⎯ função simbólica: capacidade de representação mental e simbolização;

⎯ egocentrismo intelectual: a criança acha que o mundo foi criado para si e não é capaz de perceber o ponto de vista do outro (acha que os outros pensam e sentem da mesma forma que ela);

⎯ animismo: o egocentrismo estende-se aos objectos e outros seres vivos, aos quais a criança atribui intenções, pensamentos, emoções e comportamentos próprios do ser humano;

⎯ pensamento mágico: a realidade é aquilo que a criança sonha e deseja, e dá explicações com base na sua imaginação, sem ter em consideração questões de lógica; 164 ⎯ interessa-se essencialmente por resultados práticos;

⎯ a sua percepção imediata é encarada como verdade absoluta, sem perceber que podem existir outros pontos de vista: privilegia as suas percepções subjectivas, desprezando as relações objectivas. Não percebe as diferenças entre as mudanças entre as mudanças reais e aparentes e, portanto, responde com base na aparência, acreditando que é o real. Ex.: são apresentados à criança dois corpos iguais com a mesma quantidade de água. À sua frente, verte-se a água de um copo deles para um copo, alto e fino. A criança afirma que agora este copo alto e fino tem mais água do que o outro. Não compreende que a quantidade de água permanece a mesma, independentemente do recipiente em que é colocada. Ou seja, responde com base na aparência (como o segundo copo parece maior, porque é mais alto, a criança pensa que tem mais água);

⎯ o pensamento é pré-operatório – a criança não consegue efectuar operações mentais. No exemplo acima, não percebeu que, durante a passagem da água do primeiro copo de água para o segundo (alto e fino), houve algo que não mudou: a quantidade de água permaneceu sempre a mesma. Também não tem consciência de que as transformações na aparência da água (passagem de um copo baixo para um copo alto) são reversíveis (pode logo a seguir deitar a água do copo alto e fino para o copo mais baixo).

 

Estádio das Operações Concretas (7-11/12 anos)

– pensamento lógico: tem capacidades para realizar operações mentais, pois compreende que existem acções reversíveis (percebe que é possível transformar o estado de um objecto, sem que todo o objecto mude, e depois reverter esta transformação, voltando ao estado inicial);

⎯ compreende a existência de conceitos – características que não variam em função das mudanças dos objectos, mas que existem para além deles e podem ser aplicados a muitas outras situações para além daquela associação que foi primeiramente apresentada (contrariamente ao que sucedia no estádio anterior). Se a situação referida no exemplo acima fosse apresentada a uma criança neste estádio, ela já seria capaz de perceber que a quantidade de água é uma característica que não varia conforme o copo em que é colocada;

⎯ já não se baseia na percepção imediata e começa a compreender a existência de características que se conservam, independentemente da sua aparência: adquire assim a noção de conservação da matéria sólida 165 (ou substância), mais tarde da líquida (exemplo acima referido da conservação da qualidade de água), depois do peso e, por fim, do volume;

⎯ a existência de conceitos vai permitindo compreender a relação parte-todo, fazer classificações (agrupar objectos segundo determinada característica comum, abstraindo-se das suas diferenças), seriações (ordenar objectos segundo uma característica que tem diferentes graus; abstrai-se das semelhanças) e perceber a conservação do número (implica coordenar a classificação e a seriação).

 

Estádio das Operações Formais (12-16 anos)

⎯ consegue realizar não só operações concretas mas também operações formais. Ex.: Problema. três pessoas A, B e C estão sentadas num banco de jardim. Quantas hipóteses existem relativamente à ordem em que estão sentadas? Neste estádio, já é possível resolver este problema usando o pensamento abstracto (operação formal): consegue-se colocar mentalmente todas as hipóteses. No estádio operatório-concreto, a criança não conseguia abstrair: só seria capaz de resolver este problema se tivesse três pessoas sentadas num banco e se pudesse posicioná-las em todas as sequências possíveis. Resposta ao problema: seis hipóteses – ABC, ACB, BAC, CAB e CBA;

⎯ pensamento abstracto: é capaz de se desprender do real e raciocinar sem se apoiar em factos, ou seja, não precisa de operacionalizar e movimentar toda a realidade para chegar a conclusões;

⎯ raciocínio hipotético-dedutivo: coloca hipóteses, formulando mentalmente todo o conjunto de explicações possíveis;

⎯ percebe que existem múltiplas formas de perspectivar a realidade e que a sua percepção é apenas uma dentro de um conjunto de possibilidades;

⎯ é capaz de pensar sobre o próprio pensamento e sobre os pensamentos das outras pessoas e, portanto, percebe que, face a uma mesma situação, diferentes pessoas têm diferentes pontos de vista.

(PIAGET, 1967)

Atividade Física e o Rendimento Escolar

 

Um estudo realizado pelo pesquisador Brendon Gurd, da Queen’s University durante 3 semanas e em dias alternados, alunos de uma escola primária tiveram a opção de participar num “FUNterval”, um recreio divertido, com atividades físicas, ou podiam ficar mais quietos, aprendendo sobre diferentes aspetos de um estilo de vida saudável. As crianças que aderiram ao intervalo dinâmico ficaram mais concentradas durante os 50 minutos seguintes de aula: dispersaram-se menos, mantiveram-se mais focadas na explicação dos professores e viraram-se menos para os lados, o que demonstra mais concentração. Segundo o neuropediatra Paulo Breinis, do Hospital São Luiz Jabaquara (SP), os médicos ainda não conseguiram descobrir, ao certo, qual é o mecanismo cerebral que justifica a associação entre exercícios e concentração. “Só sabemos é que a atividade física beneficia a memória e a atenção, não só para as crianças, mas também para os idosos. E que, quanto mais rotineira for a prática, mais esses indivíduos vão produzir”

 

Estratégias de ensino na área da Psicologia e Discussão de resultados

 

Importa salientar a imagem que os jovens atletas veem do desporto, que têm como objectivo no desporto a diversão. Estes são algumas frases que os jovens dizem aos adultos acerca do desporto:

 

– Antes de mais nada, queremos divertir-nos;

– Não estejam sempre a gritar connosco;

– Ensinem-nos como devemos fazer;

– Deixem-nos experimentar;

– Ajudem-nos a ser melhores;

– Façam-nos sentir bem;

– Dêem-nos actividades variadas;

– Nós gostamos de ganhar… mas nada de exageros;

– Lembrem-se que aprendemos com os vossos exemplos;

– Deem atenção àquilo que temos para dizer.

(Darrell Burceitt)

Depois de compreender o que os jovens querem com a prática de exercício físico, devemos estruturar os nossos treinos de forma a promover a coesão de grupo, pois como já observamos com a desenvolvimento cognitivo as crianças/jovens passam por fases onde o egocentrismo é uma característica patente na sua personalidade, dessa forma devemos criar exercícios e jogos que promovem a união de grupo, o trabalho em equipa, contrariando assim o egocentrismo característico das idades.

 

Preocupações do treinador no treino: Instrução, Gestão, Clima e Disciplina.

Quanto ao clima, que é o tema que nos importa salientar devido à sua ligação direta com a Psicologia, de forma a criar um clima ótimo para a aprendizagem dos jovens atletas devemos elogiar os jovens nem que seja só pela sua participação, procurar os aspetos positivos da sua participação e dar-lhes o destaque que merecem, manter a calma quando os jovens cometem erros e ajudá-los a aprender a partir deles, ter expectativas razoáveis e realistas, tratar os jovens com respeito, evitando o sarcasmo, o ridículo ou o “deitar abaixo”, procurar fazer com que os jovens sintam prazer na prática do desporto, não assumir comportamentos excessivamente sérios durante as competições, manter a ideia de que a alegria e o prazer são componentes obrigatórias da atitude dos jovens que praticam desporto, com muitos sorrisos e sentido de humor, enfatizar o trabalho em equipa, levando os jovens a pensar mais em “nós” do que em “eu”, ser um exemplo de comportamentos respeitadores do espírito desportivo: ganhar sem excessos e perder sem lamentos, tratar os adversários e os juízes com justiça, generosidade e cortesia. (Darrell Burceitt)

 

“Vejam o que está a ser bem feito e elogiem os progressos conseguidos; verão como eles se multiplicam.” (F. Smoll, 1984)

Nós como profissionais de Educação Física não podemos cometer erros básicos e comuns na liderança de um grupo de jovens, erros tais como a falta de entusiasmo e consequente monotonia, não tratar os alunos pelos nomes próprios, dificuldade em ouvir os alunos, concentração excessiva no plano de trieno, distanciação dos alunos e consequente ausência de interação, não encoraja, não incentiva os alunos, julga mais do que descreve. (Darrell Burceitt)

O futebol é um desporto com grande prestígio no capítulo nacional e internacional. Parte deste fascínio associa-se ao mediatismo que este recebe através da comunicação social. Esta ampla divulgação fomenta o surgimento de inúmeras escolas de futebol, que cada vez mais cedo levam as crianças a trabalharem seu desenvolvimento técnico e tático, visando mais tarde, uma oportunidade no restrito mercado do futebol profissional. (SOARES et al, 2011)

Dos 0 aos 2 anos, estádio sensório-motor são idades que não tem relevância neste estudo, pois estamos a abordar estratégias para jogos desportivos coletivos, pelo que com estas idades ainda não participam. A partir dos 2 anos e até aos 6 anos de idade, estádio pré-operatório, a criança caracteriza-se pelo seu egocentrismo intelectual, pelo que não poderemos exigir das crianças aquilo que elas não estão preparadas para nos dar, ou seja, devemos compreender a fase que a criança está e estimular o desenvolvimento do trabalho de equipa compreendendo que estas fases são caraterizadas pelo egocentrismo.

Dos 6/7 aos 12 anos de idade, estádio das operações concretas, observamos que a criança começa a dar relevância e importância às pessoas que a rodeiam, tal como os amigos da escola, criando laços afetivos com amigos, assim sendo é a superação do egocentrismo atingindo um grau de maturação superior. A criança começa a ter maior consciência espácio temporal e material, e também começa a ter a consciência de conceitos e operações concretas.

Dos 12 aos 16 anos de idade, estádio das operações formais, a criança percebe que pode haver diferentes pontos de vista, sendo que a sua ideia, o seu pensamento é apenas um no meio de um conjunto de ideias.

Para dar aulas com crianças em idades pré-escolares é necessário ter um conjunto de capacidades não só técnicas da modalidade mas sim competências sociais que facilitem a forma de liderar a aula. É importante começar a perceber como lidar com as birras, com os empurrões propositados, com as quedas e os choros exagerados.

O choro é um acto que a criança tem para chamar a atenção, desta forma nós como profissionais de Educação Física devemos ser capazes de perceber quando intervir/dar importância ao choro ou desvalorizar. Mariana de Viveiros relata o que fazer nestas situações com orientações de uma pedagoga e uma pediatra defendendo que deve haver uma “desprezoterapia” deixando a criança chorar mas estando atentos para que não se aleije porque algumas delas podem mesmo deitar-se para o chão ou bater com a cabeça; estas birras surgem para chamar a atenção; acrescenta ainda que é difícil os profissionais da educação lidar com isto na escola porque podem ser alvos de críticas, uma das estratégias a adoptar é no início do ano o professor mostrar imagens as crianças e delimitar o que podem ou não fazer, e confrontar as crianças com isso quando quebram as regras. A estratégia apresentada poderá funcionar bem nas crianças a partir dos 3 anos, quando as crianças já começam a falar e a ter uma maior compreensão das regras.

Em suma, o trabalho/aulas/treinos com crianças nunca foi fácil nem nunca há-de ser, no entanto quando é isso que se gosta de fazer tudo se torna fácil de por em prática.

“Faz o que gostas e nunca precisarás de trabalhar!”

 

 

Referencias Bibliográficas

PIAGET, J. (1967). A Construção Do Real. Rio de Janeiro: Zahar.

Smoll, F., & Smith, R. (1984). Leadership research in youth sports. In J. M. Silva, & R. S. Weinberg (Eds.),Psychological foundations of sport psychology (pp. 371-386). Champaign, Illinois: Human Kinetics.

SOARES, G. J. A.; MELO, de S. B. L.; BARTHOLO, L. T.; ROCHA, da A. P. H. Jovens Esportistas: profissionalização no futebol e a formação na escola. Motriz, Rio Claro, v.17 n.2, p.252-263, abr./jun. 2011.

VIVEIROS, M. Eu quero, eu quero, eu quero! Revista Infantil. Obtido a 6 de junho de 2015 em http://revistaguiainfantil.uol.com.br/professores-atividades/101/imprime224837.asp

 

Aulas/Treinos com crianças

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Para aulas com crianças em idades pré-escolares é necessário ter um conjunto de capacidades não só técnicas da modalidade mas sim competências sociais que facilitem a forma de liderar a aula. É importante começar a perceber como lidar com as birras, com os empurrões propositados, com as quedas e os choros exagerados.

Choros

Baseado na minha curta experiência, o choro é um acto que a criança tem para chamar a atenção, desta forma nós como profissionais de Educação Física devemos ser capazes de perceber quando intervir/dar importância ao choro ou desvalorizar.

Mariana de Viveiros relata o que fazer nestas situações com orientações de uma pedagoga e uma pediatra defendendo que deve haver uma “desprezoterapia” deixando a criança chorar mas estando atentos para que não se aleije porque algumas delas podem mesmo deitar-se para o chão ou bater com a cabeça; estas birras surgem para chamar a atenção; acrescenta ainda que é difícil os profissionais da educação lidar com isto na escola porque podem ser alvos de críticas, uma das estratégias a adoptar é no início do ano o professor mostrar imagens as crianças e delimitar o que podem ou não fazer, e confrontar as crianças com isso quando quebram as regras. A estratégia apresentada poderá funcionar bem nas crianças a partir dos 3 anos, quando as crianças já começam a falar e a ter uma maior compreensão das regras.

Em suma, o trabalho/aulas/treinos com crianças nunca foi fácil nem nunca há de ser, no entanto quando é isso que se gosta de fazer tudo se torna fácil de por em prática, e quando se gosta do trabalho que se faz, não estamos a trabalhar, estamos a fazer o que gostamos!

Bons treinos.

Pedro Pereira

 

Referências Bibliográficas:

VIVEIROS, M. Eu quero, eu quero, eu quero! Revista Infantil. Obtido a 3 de Março de 2016 em http://revistaguiainfantil.uol.com.br/professores-atividades/101/imprime224837.asp

 

Tudo em Nós Comunica

 

No mundo do fitness, mais propriamente no mundo do Personal Trainer, cada vez se dá mais importância ao que transparecemos para os clientes. Assim sendo, torna-se necessário e  essencial revermos a nossa imagem e os nossos gestos.

Segundo Mehrabian (1971), 55% da comunicação que nós fazemos no nosso dia-a-dia é de linguagem corporal, ou seja, a nossa roupa, o nosso cabelo, os nossos gestos, tudo o que caracteriza a nossa imagem aparentemente. 38% da comunicação é feita através da nossa voz, não do conteúdo mas sim das características da voz, o tom, as alterações do volume, a fluidez. E apenas 7% da comunicação que estabelecemos é conteúdo, ou seja, o sumo de uma conversa. Desta forma, torna-se essencial e primordial revermos a nossa imagem e os nossos gestos, porque afinal de contas “Tudo em nós comunica”.

De forma a dar alguma lucidez sobre o que estou a abordar mostro no link abaixo um breve exemplo de como dar uma palestra visando apenas os 92% da comunicação referenciado por Mehrabian (1971). É incrivel a capacidade com que o orador nos “prende” ao seu discurso, até parece que está a falar de algo efectivamente importante e fundamentado.

 

Foquem-se no essencial,

Bons treinos.

Exemplo TEDx (palestra): https://www.youtube.com/watch?v=8S0FDjFBj8o

Exemplo Palestra sobre Brending Pessoal:  https://www.youtube.com/watch?v=7pFLl8SRh1U

 

Referências Bibliográficas:

Mehrabian, A. (1971). Verbal and nonverbal interaction of strangers in a waiting situation.
Journal of Experimental Research in Personality, Vol 5(2), 127-138.
Palestra sobre Brending Pessoal (Teresa Calisto) em Jornadas de Marketing ISCAP disponivel em: https://www.youtube.com/watch?v=7pFLl8SRh1U

 

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